O quarto laranja por Luciana lobo do livro Cronicas contos e poesias.
Escrever sobre o que ?
Sobre quem ?
Seria necessário analisar as rimas, contar as estrofes ?
Sera de bom tom , ocultar nomes ?
Quantas linhas que titulo, qual estilo ...
Opa não seria então rotular ? mas como rotular um texto cheio de palavras carregadas de emoção, como classificar a dor que escorre dos lhos para aponta da caneta e que se fixa nas linhas de um caderno velho, que descansa sobre a escrivaninha do quarto Laranja ?
Eu disse quarto laranja ?
Sim , o palco das minhas angustias, ondem só cabem eu com os meus monólogos frios , permeados do meu saudosismo do meu passado amado e distante.
Sim, o quarto laranja que recebe aluz do sol no meio da tarde , que reflete a intolerância da minha impaciência da minha infelicidade,
Note se que o uso das palavras intolerância e infelicidade segue de " mãos " dadas com o sobrenome
" minha " contradizendo os textos de autoajuda que venho lendo há anos em busca de um melhor esclarecimento sobre os por quês das angustias da vida,
Eu deveria ter aprendido e estar ciente de que sentimentos são passageiros e não me pertencem.
Eu deveria estar recitando mantras, como aquele que por tantas vezes recitei, não ha nem felicidade nem tristeza, que dure para sempre.
Eu posso alterar dias de humildade total e de dias de completa rejeição á minha pessoa é com consciência total dos danos que estariam assim me causando.
Ah, mas como li como me iludi e fiz promessas mil, que eu seguiria os preceitos de mestres budistas, sutis e escritores de auto ajuda.
Inúmeras vezes me coloquei a mergulhar nas reprogramações mentais e repetir frases motivadoras, e fazer uso das visualizações criativas, que eficazmente me tornariam uma pessoa mais centrada e calma.Tudo tão angustiantemente imposto que acabei abandonando- os em algum canto da estante de livros , soterrados pela poeira da desilusão.
De que me adiantou acordar no meio da noite á procura enlouquecida de algum novo romance para ler e para trilhar os novos caminhos que levam ao amor se, ao amanhecer acordo consciente no quarto laranja, desperto para o desespero da minha vida solitária no toque brusco da caneta entristecida e úmida de lagrimas no caderno velho do quarto laranja ?
Engraçado que mesmo tão só , eu ainda me sinto de certa forma acalentada, pelas magoas , pelos rancores, pelas dores, e pelas reclamações da minha vida sem vida e carente de compreensão.
E em meio a tanta congestão de pensamento e lamúrias, eis que me vejo na incessante onda de sentimentos reprimidos que, como se me apertassem a garganta, ficam aos berros clamando , volte ao papel, escreva, sobre nós, sobre você , não rime , não conte nossas estrofes, não oculte nossos nomes fale sobre nós , deixe nos vir a tona, deixe nós preencher teu ouvido vazio com nossas vozes agudas.
Não temas , não te envergonhes, te sintas sim , enaltecida por toda a beleza que tu és.

Sobre quem ?
Seria necessário analisar as rimas, contar as estrofes ?
Sera de bom tom , ocultar nomes ?
Quantas linhas que titulo, qual estilo ...
Opa não seria então rotular ? mas como rotular um texto cheio de palavras carregadas de emoção, como classificar a dor que escorre dos lhos para aponta da caneta e que se fixa nas linhas de um caderno velho, que descansa sobre a escrivaninha do quarto Laranja ?
Eu disse quarto laranja ?
Sim , o palco das minhas angustias, ondem só cabem eu com os meus monólogos frios , permeados do meu saudosismo do meu passado amado e distante.
Sim, o quarto laranja que recebe aluz do sol no meio da tarde , que reflete a intolerância da minha impaciência da minha infelicidade,
Note se que o uso das palavras intolerância e infelicidade segue de " mãos " dadas com o sobrenome
" minha " contradizendo os textos de autoajuda que venho lendo há anos em busca de um melhor esclarecimento sobre os por quês das angustias da vida,
Eu deveria ter aprendido e estar ciente de que sentimentos são passageiros e não me pertencem.
Eu deveria estar recitando mantras, como aquele que por tantas vezes recitei, não ha nem felicidade nem tristeza, que dure para sempre.
Eu posso alterar dias de humildade total e de dias de completa rejeição á minha pessoa é com consciência total dos danos que estariam assim me causando.
Ah, mas como li como me iludi e fiz promessas mil, que eu seguiria os preceitos de mestres budistas, sutis e escritores de auto ajuda.
Inúmeras vezes me coloquei a mergulhar nas reprogramações mentais e repetir frases motivadoras, e fazer uso das visualizações criativas, que eficazmente me tornariam uma pessoa mais centrada e calma.Tudo tão angustiantemente imposto que acabei abandonando- os em algum canto da estante de livros , soterrados pela poeira da desilusão.
De que me adiantou acordar no meio da noite á procura enlouquecida de algum novo romance para ler e para trilhar os novos caminhos que levam ao amor se, ao amanhecer acordo consciente no quarto laranja, desperto para o desespero da minha vida solitária no toque brusco da caneta entristecida e úmida de lagrimas no caderno velho do quarto laranja ?
Engraçado que mesmo tão só , eu ainda me sinto de certa forma acalentada, pelas magoas , pelos rancores, pelas dores, e pelas reclamações da minha vida sem vida e carente de compreensão.
E em meio a tanta congestão de pensamento e lamúrias, eis que me vejo na incessante onda de sentimentos reprimidos que, como se me apertassem a garganta, ficam aos berros clamando , volte ao papel, escreva, sobre nós, sobre você , não rime , não conte nossas estrofes, não oculte nossos nomes fale sobre nós , deixe nos vir a tona, deixe nós preencher teu ouvido vazio com nossas vozes agudas.
Não temas , não te envergonhes, te sintas sim , enaltecida por toda a beleza que tu és.
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