A escrita como labor / mensagem do dia do livro Palavras desavisadas de tudo

ás vezes, quando escrevo sem perceber, quero dar a resposta antes de fazer a pergunta, Fico fazendo conta de que o que vale mais, uma boas resposta ou uma pergunta insensiva,. Antes de pedir conta quero logo acabar o texto, como o aluno que deseja acabar a lição e ir fazer algo que lhe seja mais digno,> Mas fico nos arrede dores do texto, exigindo a sua beleza, um puco de erudição e , se possível uma dose de humor , Também sou metido a máximas. Mas ás Vezes, prefiro as mínimas.
Hesitamos em nós expor, a escrita é sempre uma forma de exposição, mesmo quando queremos nos esconder escrevendo, o que seria uma armadilha inconsciente de exposição. Essa elaboração é mesmo inconsciente e não sabe onde vai chegar , ou si é para chegar , Também se teme o olhar do outro, que faz o que desejar com nosso escrito. Se  for correto falar que é o escrito pode ter vida própria, indo além do que desejamos, estremecendo subjetividades alheias, também pode ter morte própria, Se não há disposição,abertura interior, para o texto, é trabalho perdido .
A preguiça nada mais vacilante, que uma folha em branco.Uma vez observava de longe um roceiro limpando a plantação de arroz, fiquei fascinado ao perceber como as marcas do seu trabalho iam colorindo a paisagem avermelhando a terra como se tivesse encontrado seu gume fértil, Mas a minha fascinação era saber , por minha própria experiencia , como era pesado a minha experiencia om a enxada. Via com desanimo a minha habilidade com a enxada. Quando vejo a folha em branco, também me vem um desanimo. Como encontrar o gume fértil desse desse deserto branco da folha ?
como avermelhar lo para mudar a paisagem? A única vantagem, é que pode ser vantagem ? E que a preguiça nos faz ver melhor , usando o linguajar nosso, melhora as vistas , o preguiçoso é voyeur.
A beleza aqui é preciso mudar de posição, ficar no lugar do caipira ao invés da enxada a pena. Trabalho é trabalho e la do outro lado lá de cima do morro e preciso um preguiçoso contemplando a vermelhidão da folha,. A beleza não vem só de fora habitava em meu coração o no meu cérebro para os céticos, o meu desejo de ver o cume fértil da terra. A terra precisa renovar, vai saber como se produz essa vontade de fertilizar  ou  renovar a vida.. isso bate sem a gente se dar conta. Mas a  beleza cria essa disposição o que é bonito muda as nossas vistas de lugar. Vê melhor quem vê mais bonito.
O Caipira é o preguiçoso podem viver experiências estéticas, a beleza é pra todo mundo, brota de dentro do homem e da mulher, meu pai capinador de primeira linha, dizem guardava um lugar para os passarinhos. senso estético pode ser herdado. Mas dizer em guardar um lugar no texto para os passarinhos soaria como um romantismo barato, de terceira linha,. Mas a imagem não sai da minha cabeça, fico lembrando a passagem bíblica que Jesus exalta a beleza dos lírios do campo. E uma passagem em nome da beleza se me lembro bem é uma fala contra a urgência das necessidades.Quem fica preso as necessidades se afasta de Deus . Deus esta também na beleza.
Trabalho é solidão. A exigência ou é da força ou da inteligencia, de cada um, aprendemos o que o outro não pode fazer pela gente e a força que brota do nosso interior.no entanto , essa força e também do outro desses encontros intencionais ou não. Apesar da minha preguiça acreditava na fé que o meu pai depositava na terra. Muito provavelmente essa força vive no que eu escrevo, até o caipira que avermelhava a terra esta aqui ,. E ainda há de ter lugar para os passarinhos.


 

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