O castigo que me tornou bibliotecária /Ana Suely Lopes ( Caliandra ) Do livro palavras desavisadas de tudo
A Minha missão de se bibliotecária nasceu de um castigo ! Este me deu a oportunidade de amar os livros, apreciar A literatura e contribuir com a civilização . e escolher uma das mais nobres profissões, pelo fato de tratar a informação e disseminar la e tornar me uma ativista cultural.
Aos sete anos de idade em Madalena uma pequena cidade do Ceará, Meu pai não se encontrava em condições de comprar a minha farda de gala, para desfilar no dia da Independência, sete de setembro.
Por decisão da diretoria do colégio , o aluno que não comparecesse com um uniforme novo que tinha que ser diferente a cada ano, não podia desfilar e teria um Castigo!
Após o desfile realizado no domingo, na semana seguinte a pena para pagar nos nosso "crime" minhas irmãs e eu , ou melhor,dizendo nossos pais , pois eu era uma criança de apenas sete anos de idade; era ficar de castigo sem merenda escolar , por uma semana na hora do recreio, e adivinha onde ? Na Biblioteca, pelo fato de ser a única sala disponível, para receber " alunos não cumpridores dos seus deveres " . E a Biblioteca era vista como um lugar de pena, de castigo ao invés de ser vista como um lugar de instrumentos de independência, que liberta pois a leitura liberta, informa transforma e conscientiza.
Minhas irmãs e eu ficamos sem lanche, e presas na biblioteca, por uma semana e a minha saída foi buscar meu alimento espiritual, lembro me como se fosse hoje, eu pedindo muito timidamente a permissão a professora que nós vigiava ; diante dos olhares, curiosos dos colegas para saberem quem havia ficado de castigo ; para escolher um livro para ler e aproveitar aquele humilhante e ao mesmo tempo desistivo horário que nós foi concedido.
Obtive o direito , e optei pelo livro " Alice no Pais das Maravilhas " foi o primeiro livro que folheei, naquele momento eu já me tornei bibliotecária, pois uma das maiores frustrações no Papel de bibliotecário e não poder ler todos os livros que passam pelas nossas mãos para processamento técnico por inteiro e fazer assim uma leitura técnica e assim o fiz.
Li e me encantei com a estória e por toda aquela semana, passei a sentir me uma pessoa especial, diferente e consciente que teria tido o melhor castigo da minha vida.
Passei a amar os livros a biblioteca e a agradecer pelo "castigo " que me acompanha até hoje, e que se tornou um hábito, pela prática da leitura , do conhecimento, e da mania de conviver com os livros.
Agradeço ao padre diretor do colégio e autor do castigo, perdoo pela sua severidade, ao mestre que me permitiu ler o livro que me ajudou a definir a profissão que me trouxe ao mundo da conciencia, da liberdade e do saber, e especialmente aos meus queridos pais, que sabiamente sacrificaram muito das suas vidas para nos deixarem o maior tesouro: o saber através do estudo.
Aos sete anos de idade em Madalena uma pequena cidade do Ceará, Meu pai não se encontrava em condições de comprar a minha farda de gala, para desfilar no dia da Independência, sete de setembro.
Por decisão da diretoria do colégio , o aluno que não comparecesse com um uniforme novo que tinha que ser diferente a cada ano, não podia desfilar e teria um Castigo!
Após o desfile realizado no domingo, na semana seguinte a pena para pagar nos nosso "crime" minhas irmãs e eu , ou melhor,dizendo nossos pais , pois eu era uma criança de apenas sete anos de idade; era ficar de castigo sem merenda escolar , por uma semana na hora do recreio, e adivinha onde ? Na Biblioteca, pelo fato de ser a única sala disponível, para receber " alunos não cumpridores dos seus deveres " . E a Biblioteca era vista como um lugar de pena, de castigo ao invés de ser vista como um lugar de instrumentos de independência, que liberta pois a leitura liberta, informa transforma e conscientiza.
Minhas irmãs e eu ficamos sem lanche, e presas na biblioteca, por uma semana e a minha saída foi buscar meu alimento espiritual, lembro me como se fosse hoje, eu pedindo muito timidamente a permissão a professora que nós vigiava ; diante dos olhares, curiosos dos colegas para saberem quem havia ficado de castigo ; para escolher um livro para ler e aproveitar aquele humilhante e ao mesmo tempo desistivo horário que nós foi concedido.
Obtive o direito , e optei pelo livro " Alice no Pais das Maravilhas " foi o primeiro livro que folheei, naquele momento eu já me tornei bibliotecária, pois uma das maiores frustrações no Papel de bibliotecário e não poder ler todos os livros que passam pelas nossas mãos para processamento técnico por inteiro e fazer assim uma leitura técnica e assim o fiz.
Li e me encantei com a estória e por toda aquela semana, passei a sentir me uma pessoa especial, diferente e consciente que teria tido o melhor castigo da minha vida.
Passei a amar os livros a biblioteca e a agradecer pelo "castigo " que me acompanha até hoje, e que se tornou um hábito, pela prática da leitura , do conhecimento, e da mania de conviver com os livros.
Agradeço ao padre diretor do colégio e autor do castigo, perdoo pela sua severidade, ao mestre que me permitiu ler o livro que me ajudou a definir a profissão que me trouxe ao mundo da conciencia, da liberdade e do saber, e especialmente aos meus queridos pais, que sabiamente sacrificaram muito das suas vidas para nos deixarem o maior tesouro: o saber através do estudo.
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