O desafio de ser sincero / mensagem compartilhada do face por Alessandra Capriles.
Desmistificando alguns mitos... para o bem geral da nação, das nações... sejam unidas, ou até as desunidas...
Tanto antes de vir para cá, quanto ao chegar, ouvi e li muitos relatos sobre o mau hábito dos portugueses de serem grosseiros em sua maneira de agir e falar, e confesso que não me assustei, porque não sou de dar ouvidos a boatos, sempre prefiro tirar as minhas próprias conclusões, como uma boa pesquisadora.
Como já esperava, tudo não passa de um mero boato, de fato, ou talvez de algum melindre de quem está acostumado a reter as suas emoções e sentimentos, aparentando sempre um falsa polidez. Sim, os portugueses têm um jeito diferente de agir e falar, que pode soar como uma atitude grosseira, mas eu encaro como nada mais do que uma transparência de ser, que muito me agrada e com a qual também muito me identifico. Pode-se dizer que os tugas não têm "papas nas línguas", dizem o que pensam e agem da mesma forma.
Só quem tem legítimo sangue português, espanhol e italiano (rs) entende este jeito meio espalhafatoso de ser. Embora eu aparente ser uma pessoa mais contida e reservada, tenho muito desta "espalhafatez", mas que só os que me conhecem e me aceitam com toda a minha sinceridade, entendem sobre o que estou falando. Adoro esse jeito de falar alto, com voz ativa, de gesticular, de usar um tom ríspido com um certo sarcasmo, de quem usa o mesmo tom para dizer que ama, e ambos manifestos serem sinceros. Amo a palavra e todos os seus tons, ambos usados com muito amor.
Sim, eu amo a sinceridade, seja portuguesa, brasileira, alemã, italiana, espanhola, ou de qualquer nação que seja. Amo a boa sinceridade, aquela que critica construtivamente, e se manifesta a fim de alcançar um retorno positivo, sem defesas de quem a recebe, ou melindres, que sejam, e não usam desta sinceridade para impor uma autoridade ditadora e manipular as massas.
O povo brasileiro, mais do que qualquer um, busca dar proporção à sua voz, expor as suas insatisfações sem que seja tolhido pelo "poder" de quem o assume em determinada situação. Somos um povo que busca por direitos, por melhorias, somos um povo que vai às ruas e pinta a cara para protestar, quando algo não vai bem, e não ser apedrejado pelas autoridades ou qualquer seja o poder. Somos um povo que quer ser abraçado com amor, respeito e dignidade, e usufruir destes direitos defendidos pela constituição, como todo e qualquer cidadão.
Sou dessas que veste a camisa das boas causas e das melhorias, a que manifesta as suas insatisfações. Não sou de me manifestar pelas costas, nem de criar discórdias, ou levar minhas queixas a terceiros, eu vou direto ao ponto. Sou sarcástica, sim, eu sou. Tenho um jeito estranho e aparentemente reservado, sim, eu tenho. Do nada, saio do meu absoluto silêncio para me manifestar, quando não julgo algo correto, sim, possuo senso de justiça. Sou observadora, e gosto de respaldar com fundamentos os meus argumentos e teorias, sim, acho justo. Por isso, identifico-me com este povo lusitano, do sangue que corre em minhas veias, junto a tantos outros, como uma boa brasileira.
Sinto saudades do calor carioca, sim, confesso que sinto, mas falo do calor daqueles que, parafraseando meu querido Chico Buarque, têm voz ativa, e quer no seu destino mandar, mas eis que chega a roda-viva, e carrega o destino pra lá... Só que eu sou brasileira, e não desisto nunca! Perseverança, força, verdade, sinceridade, lealdade e caráter me definem, e se tentam me derrubar, eu sempre arrumo um jeito de me levantar. A minha luta sempre será cara a cara, limpa e justa. As minhas conquistas também.
Salve o povo brasileiro! Salve os nossos colonizadores! Salve todas as nações que lutam contra a desunião e as guerras que dividem os povos!
Um salve bem grande ao amor e à justiça!
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